Fio-Schisto apresenta documento ao Ministério da Saúde

Por Comunicação da VPPCB

Com o objetivo de apresentar e discutir o documento “Recomendações dos membros do Programa de Pesquisa Translacional em Esquistossomose da Fundação Oswaldo Cruz para o controle e eliminação da esquistossomose humana no Brasil”, elaborado em 2022, a equipe do Fio-Schisto esteve com representantes do Ministério da Saúde, nos dias 11 e 12 de abril. O programa, que é ligado à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), foi representado pelos atuais coordenadores Ricardo Riccio (IGM), Roberta Caldeira (IRR) e Rosiane Pereira (IRR), além do coordenador da gestão anterior do programa, Roberto Sena Rocha.

O documento foi elaborado coletivamente pelos membros Fio-Schisto, com participação de especialistas convidados, com o objetivo de analisar a viabilidade de aplicação no Brasil das recomendações feitas pela OMS, tendo como base a publicação “WHO guideline on control and elimination of human schistosomiasis”. Nele, há recomendações apropriadas às políticas de saúde pública e aplicáveis à realidade epidemiológica do país, além de sugestões de pesquisas futuras para esclarecimento de questões pertinentes.

“Estamos certos de que teremos bons desdobramentos a partir deste importante trabalho realizado pelo grupo”, disse Rosiane Pereira.

Na ocasião das visitas, os representantes do Ministério foram informados sobre a realização do XVII Simpósio Internacional sobre Esquistossomose que será realizado em 2024, na Bahia, e foram convidados para participar deste evento.

“O intuito da nossa viagem foi também sensibilizar as coordenações para propor intervenções e ações que possam de fato controlar a esquistossomose no Brasil. Além disso, posicionamos os membros do Fio-Shisto como aliados ao Ministério da Saúde nesta finalidade”, explicou Roberta Caldeira.

Além de apresentar o documento citado acima, esta foi uma oportunidade de aproximação do grupo Fio-Schisto com os novos gestores em saúde que atuam no tema da esquistossomose e de colocar o grupo à disposição do Ministério para discutir questões relacionadas a essa doença no Brasil.

“Dadas as características do documento e sua especificidade para a realidade brasileira, acreditamos que ele possa contribuir para a elaboração do plano de controle e eliminação da esquistossomose no Brasil”, ponderou Ricardo Riccio.

Já o ex-coordenador do Fio-Schisto, Roberto Sena Rocha, fez um balanço importante sobre o programa: “O Fio-Schisto cumpriu seu papel que foi desde a discussão e proposta de controle da esquistossomose a partir do documento da OMS até a apresentação de sugestões ao Ministério da Saúde. Achei que os encontros no Ministério foram bastante produtivos. Tivemos a oportunidade de discutir os três temas que julgo de grande importância no controle da esquistossomose: o papel do saneamento no controle de transmissão, o trabalho integrado entre a vigilância em saúde e a atenção básica e as lacunas do conhecimento sobre a endemia que necessitam de financiamento pelas agências financiadoras.”

As três reuniões foram realizadas com:

Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde 
    – Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) – Dra. Ana Maria Caetano
Secretaria de Atenção Primária a Saúde (SAPS) 
    – Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (DPPS) – Dr. Andrey Lemos
    – Coordenação-Geral de Equidade e Determinantes Sociais em Saúde – Dra. Kátia Souto
Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA)
    – Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) – Dra. Alda Maria da Cruz 
    – Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) – Coordenadora: Dra. Sandra Durães; com participação dos técnicos Sérgio Murilo Coelho de Andrade e Gustavo Oliveira.
    – Karla Braga (Assessora do DEDT)